Orofacial myofunctional condition of patients with facial trauma in different stages of recovery
Condição miofuncional orofacial de pacientes com trauma de face em diferentes etapas de recuperação
Giovanna Ismério de Oliveira; Isabella Karine da Silva Costa; Sérgio Murilo Cordeiro de Melo Filho; Fábio Andrey da Costa Araújo; Luciana Moraes Studart-Pereira
Abstract
Keywords
Resumo
Objetivo: descrever a condição miofuncional orofacial global de pacientes com traumatismos faciais e analisar aspectos posturais e de mobilidade relacionados à função deglutição em diferentes etapas de recuperação.
Métodos: estudo analítico e transversal. 36 participantes, idade entre 19 e 67 anos. Realizada em cinco etapas (D1, D2, D3, D4 e D5): oitavo ao sexagésimo dia após trauma. Utilizou-se o Protocolo de Avaliação Miofuncional Orofacial com Escores (AMIOFE) adaptado. Foi realizada análise estatística descritiva e inferencial, utilizando os testes t-Student pareado ou teste Wilcoxon pareado e o teste de Friedman na comparação entre as cinco avaliações. A margem de erro utilizada na decisão dos testes estatísticos foi de 5%.
Resultados: nos movimentos labiais a maioria (69,4%) tinha inabilidade severa. Nos movimentos da língua, as duas categorias relacionadas, falta de precisão e inabilidade severa, apresentaram percentuais de 52,8% e 41,7%, respectivamente. Na movimentação da mandíbula, a maioria (83,3%) apresentava inabilidade severa. No escore AMIOFE, a mediana foi menos elevada em D1 (29,00), seguida por D2 (33,00), mais elevada em D5 (46,00) e variou de 39,50 a 41,00 nas outras duas avaliações com diferenças significativas entre: D1 diferente de D3, D4 e D5 e D2 diferente de D5.
Conclusão: houve evolução positiva espontânea da condição miofuncional orofacial ao longo das avaliações. Contudo, é necessária atenção dos profissionais envolvidos.
Palavras-chave
Referencias
1. Alves RL. Perfil epidemiológico dos traumas maxilofaciais em pacientes atendidos num hospital de ensino na região Norte do estado do Ceará [Dissertation]. Sobral (CE): Universidade Federal do Ceará; 2019.
2. Carvalho TBO, Cancian LRL, Marques CG, Piatto VB, Maniglia JV, Molina FD. Six years of facial trauma care: An epidemiological analysis of 355 cases. Braz J Otorhinolaryngol. 2010;76(5):565-74.
3. Viana RS, Barros JNP. Epidemiological profile of face fractures: A literature review. Rev. flum. odontol. 2022;1(57):18-30.
4. Marola LHG, Cassol J, Burigo F, Bomente FF, Chiarelli M. Etiologia do trauma facial: uma análise aprofundada entre 2016 e 2019 em Florianópolis/SC. Rev. Cir. Traumatol. Buco-Maxilo-Fac. Surgery. 2021;21(3):12-8.
5. Bianchini EMG, Mangilli LD, Marzotto SR, Nazário D. Pacientes acometidos por trauma da face: caracterização, aplicabilidade e resultados do tratamento fonoaudiológico específico. Rev. CEFAC. 2004;6(4):388-95.
6. Cabral CL, Lima MO, Oliveira SML. Traumatismos faciais ocasionados por agressão física: uma revisão bibliográfica. Research, Society and Development. 2021;10(1):1-9.
7. Santos RD, Reis LSF, Amaral IJL. Alterações estomatognáticas em paciente com trauma de face em um hospital de urgência e emergência. Rev Cient Esc Estadual Saúde Pública Goiás "Cândido Santiago". 2021;7:1-10.
8. Santos KW. Impacto da reabilitação fonoaudiológico na recuperação das funções estomatognáticas em pacientes com trauma de face [Thesis]. Porto Alegre (RS): Universidade Federal do Rio Grande do Sul; 2021.
9. Câmara GO, Mangilli LD, Sassi FC, Andrade CRF. Changes in the orofacial myofunctional system after treatment for facial trauma: A critical review of the literature. Rev. Bras. Cir. Plást. 2014;29(1):151-8.
10. Silva TR, Canto GL. Dentistry-speech integration: The importance of interdisciplinary teams formation. Rev. CEFAC. 2014;16(2):598-603.
11. Felício CM, Ferreira CLP. Protocol of orofacial myofunctional evaluation with scores. Int J Pediatr Otorhinolaryngol. 2008;72(3):367-75.
12. Minari IS, Figueiredo CMBF, Oliveira JCS, Brandini DA, Bassi APF. Incidência de múltiplas fraturas faciais: estudo retrospectivo de 20 anos. Research, Society and Development. 2020;9(8):1-13.
13. Pinheiro LHZ, Silva BB, Basso RCF, Franco FF, Andrade TFC, Pili RC et al. Epidemiological profile of patients undergoing surgery to treat facial fractures in a university hospital. Rev. Bras. Cir. Plást. 2022;37(2):177-82.
14. World Health Organization - WHO [Webpage on the internet]. Global status report on road safety 2018. Geneva: World Health Organization [Acessed 2023 abr 21]. 2018. p.1-424. Available at:
15. Maia SES, Cardoso LIS, Moreira TCA, Silva KRV, Silva TF. Análise epidemiológica das fraturas dos ossos da face em um hospital público no nordeste do Brasil. Rev Cir Traumatol Buco-Maxilo Fac. 2022;22(1):6-12.
16. Farias LMG, Barros DPA, Bertani SMS, Silva IES, Júnior ECDA, Moreira LN et al. Perfil epidemiológico de traumas bucomaxilofaciais em um hospital de referência do interior da Bahia. Research, Society and Development. 2022;11(15):1-10.
17. Trawitzki LVV, Borges CGP, Grechi TH. Traumas de face-avaliação e tratamento fonoaudiológico. In: Silva HJ, Tessitore A, Motta AR, Cunha DA, Félix GB, Marchesan IQ, editors. Tratado de motricidade orofacial. 1 edição. São José dos Campos: Pulso editorial; 2019. p. 645-53.
18. Muller VA, Bruksch GK, Sória GS, Gallas KR, Moura FRR, Brew MC et al. Functional recovery time after facial fractures: Characteristics and associated factors in a sample of patients from southern Brazil. Rev Col Bras Cir. 2021;48:1-6.
19. Silva MGP, Silva VL, Vilela MRB, Gomes AOC, Falcão IV, Cabral AKPS et al. Factors associated with speech-language disorders in motorcycle accident victims. CoDAS. 2016;28(6):745-52.
20. Nascimento RC. Atuação fonoaudiológica em um caso de paralisia facial periférica de origem traumática [Final paper]. Largato (SE): Universidade Federal de Sergipe; 2019.
21. Silva AP. Caracterização miofuncional clínica e eletromiográfica de pacientes adultos com trauma de face [Dissertation]. São Paulo (SP): Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo; 2015.
22. Rodrigues CMC, Sol I, Santos DM, Minucci MS, Furtado LM, Rios LGC et al. Abordagem cirúrgica de fraturas complexas de face: a importância do planejamento sequencial. Relatos Casos Cir. 2018;4(4):1-6.
23. Silva AP. Efetividade de um programa de reabilitação fonoaudiológica para pacientes adultos com trauma de face e restrição em mobilidade mandibular [Thesis]. São Paulo (SP): Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo; 2019.
24. Bai Y, Tang Y, Ren M, Wang M, Zhao W, Zeng T et al. Orofacial myofunctional changes in skeletal class III patients after bimaxillary orthognathic surgery. J Plast Reconstr Aesthet Surg. 2022;75(9):3526-33.
25. Alves LM, Brand CC, Maggessi JDB, Valesan LF, Stefani FM, Souza BDM. Atuação conjunta fonoaudiologia e odontologia: o papel da interdisciplinaridade. R Eletr de Extensão. 2022;19(41):46-61.
26. Antunes APA, Ferreira LP, Bianchini EMG. Speech-language and hearing sciences analysis in orthognathic surgery: A case study with a ten-year follow-up. Distúrb. Comun. 2020;32(4):605-14.
Submitted date:
17/07/2024
Accepted date:
11/10/2024