Telepractice in speech sound disorder treatment in the Unified Health System: A pilot pragmatic study
Telefonoaudiologia no tratamento do transtorno fonológico no Sistema Único de Saúde: estudo piloto de um ensaio clínico pragmático
Jesus Cláudio Gabana-Silveira; Carolina Lisbôa Mezzomo; Helena Bolli Mota
Abstract
Keywords
Resumo
Objetivo: comparar o tratamento fonoaudiológico presencial com a terapia por telefonoaudiologia e híbrida para crianças com transtorno fonológico no sistema único de saúde e caracterizar o perfil socioeconômico e de raça/cor dos participantes.
Métodos: doze meninos com transtorno fonológico, com idade média de 6:2 anos, foram divididos em três grupos: telefonoaudiologia, presencial e híbrido. Eles foram avaliados com a parte de Fonologia do ABFW, antes e após 11 sessões com a abordagem terapêutica ABAB-Retirada e provas múltiplas. A partir da avaliação, calculou-se o percentual de consoantes corretas revisado (PCC-R) e determinou-se o sistema fonológico geral dos participantes. A associação entre a melhora terapêutica e a aquisição do som-alvo, intenção de tratar, raça/cor e perfil sociodemográfico foi verificada (teste exato de Fisher, p≤0,05%).
Resultados: houve aumento significante (p≤0,05%) do PCC-R e do sistema fonológico geral após a terapia nos doze participantes, independentemente do grupo terapêutico. Houve associação entre a melhora e aquisição do som alvo; e a melhora e a intenção de tratar. Não houve associação entre a melhora e raça/cor e perfil sociodemográfico.
Conclusão: as formas de tratamento propostas demonstraram resultados similares. Os dados de raça/cor e socioeconômicos não influenciaram na melhora.
Palavras-chave
Referências
1. Dimer NA, Canto-Soares N do, Santos-Teixeira L dos, Goulart BNG de. The COVID-19 pandemic and the implementation of telehealth in speech-language and hearing therapy for patients at home: An experience report. CoDAS. 2020;32(3):e20200144.
2. Hassanati F, Mowzoon H, Soleimani F, Nobakht Z, Vameghi M, Takafolli M. Face-to-face and telespeech therapy services for children during the COVID-19 pandemic: A scoping review. Iran J Child Neurol 2023;17:9-41.
3. Farias IKM de S, Araújo ANB de, Nascimento CMB do, Xavier IA de LN, Vilela MBR. Characterization of care provided at a Speech Therapy School Clinic affiliated with the Brazilian public healthcare system. Rev. CEFAC. 2020;22(1):e10119. https://doi.org/10.1590/1982-0216/202022110119
4. Longo IA, Tupinelli GG, Hermógenes C, Ferreira LV, Molini-Avejonas DR. Prevalence of speech and language disorders in children in the western region of São Paulo. CoDAS. 2017;29(6):e20160036.
5. Andrade CRF de. Speech-language idiopathic disorder prevalence in children from one to eleven years of age. Rev Saúde Pública. 1997;31(5):495-501.
6. Molini-Avejonas DR, Estevam SF, Couto MIV. Organization of the referral and counter-referral system in a speech-language pathology and audiology clinic-school. CoDAS. 2015;27(3):273-8.
7. Diniz RD, Bordin R. Demanda em Fonoaudiologia em um serviço público municipal da região sul do Brasil. Rev soc bras fonoaudiol. 2011;16(2):126-31.
8. César A de M, Maksud SS. Caracterização da demanda de fonoaudiologia no serviço público municipal de Ribeirão das Neves - MG. Rev. CEFAC. 2007;9(1):133-8.
9. Dias RF, Mezzomo CL. Speech therapy for phonological disorders with basis on stimulation of phonological awareness skills. Distúrb. Comun. 2016;28(1):14-25.
10. Shriberg LD, Kwiatkowski J, Mabie HL. Estimates of the prevalence of motor speech disorders in children with idiopathic speech delay. Clinical Linguistics & Phonetics. 2019;33:679-706.
11. Ceron MI, Simoni SND, Urrutia GAU, Keske-Soares M. Segmental acquisition of Brazilian Portuguese: Onset simple, complex and coda. CoDAS. 2022;34:e20200439.
12. Baker E, Williams AL, McLeod S, McCauley R. Elements of phonological interventions for children with speech sound disorders: The development of a taxonomy. Am J Speech Lang Pathol. 2018;27(3):906-35.
13. Storkel HL. The complexity approach to phonological treatment: How to select treatment targets. Lang Speech Hear Serv Sch. 2018;49:463-81.
14. Barberena L da S, Mota HB, Keske-Soares M. Phonological changes obtained by treatment based on ABAB-Withdrawal and Multiple-Probes Approach in different severity levels of phonological disorders. Rev. CEFAC. 2015;17(Suppl 1):44-51.
15. Mota HB. Aquisição segmental do Português: um modelo implicacional de complexidade de traços. Letras de Hoje. 1997;32.
16. Grogan-Johnson S, Schmidt AM, Schenker J, Alvares R, Rowan LE, Taylor J. A comparison of speech sound intervention delivered by telepractice and side-by-side service delivery models. Commun Disord Q. 2013;34:210-20.
17. Lopes MACQ, Oliveira GMM de, Maia LM. Digital health, universal right, duty of the state? Arq Bras Cardiol. 2019;113:429-34.
18. Coutinho E da SF, Huf G, Bloch KV. Ensaios clínicos pragmáticos: uma opção na construção de evidências em saúde. Cad Saúde Pública. 2003;19(4):1189-93.
19. Zwarenstein M, Treweek S, Gagnier JJ, Altman DG, Tunis S, Haynes B, Oxman AD, Moher D, CONSORT group, Pragmatic Trials in Healthcare (Practihc) group. Improving the reporting of pragmatic trials: An extension of the CONSORT statement. BMJ. 2008 Nov 11;337:a2390.
20. Dodd B. Re-evaluating evidence for best practice in paediatric speech-language pathology. Folia Phoniatr Logop. 2021;73:63-74.
21. Wertzner HF. Fonologia. In: Andrade CRF, Befi-Lopes DM, Fernandes FDM, Wertzner HF, editors. ABFW: Teste de Linguagem Infantil nas Áreas de Fonologia, Vocabulário, Fluência e Pragmática - Terceira Edição Revisada, Ampliada e Atualizada. 3rd ed., Barueri: Pro-Fono; 2023. p. 5-40.
22. Shriberg LD, Austin D, Lewis BA, McSweeny JL, Wilson DL. The percentage of consonants correct (PCC) metric: Extensions and reliability data. J Speech Lang Hear Res. 1997;40(4):708-22.
23. Shriberg LD, Kwiatkowski J. Phonological disorders III: A procedure for assessing severity of involvement. J Speech Hear Disord. 1982;47(3):256-70.
24. Bernhardt B. Developmental implications of nonlinear phonological theory. Clin Linguist Phon. 1992;6:259-81.
25. Nascimento LCR. Brincando com os Sons: jogos para a terapia de distúrbios articulatórios. 1 ed. rev. atual. Barueri: Pro-Fono; 2009.
26. Bohn GP, Santos RS. The acquisition of pre-tonic vowels in Brazilian Portuguese. Alfa Rev Linguíst (São José Rio Preto) 2018;62:195-226.
27. Maravalhas RDA, Santana DD, Salles-Costa R, Veiga GVD. Changes in meal frequency among adolescents living in a socially vulnerable area of the Rio de Janeiro metropolitan region, Brazil. Ciênc Saúde Coletiva. 2022;27(1):387-98.
28. Abrucio FL, Rodrigues RV, Milanello TRS, Melo YM de. Ascensão e crise do Sistema de Assistência Social (SUAS) no federalismo brasileiro. Rev Katálysis. 2023;26(2):243-54.
29. Combiths P, Escobedo A, Barlow JA, Pruitt-Lord S. Complexity and cross-linguistic transfer in intervention for Spanish-English bilingual children with speech sound disorder. J Monolingual Biling Speech. 2022;4(3):234-70.
30. Nizeyimana E, Joseph C, Plastow N, Dawood G, Louw QA. A scoping review of feasibility, cost, access to rehabilitation services and implementation of telerehabilitation: Implications for low- and middle-income countries. Digital Health. 2022;8:205520762211316.
31. Rizzotto MLF, Costa AM, Lobato L de V da C. Crise climática e os novos desafios para os sistemas de saúde: o caso das enchentes no Rio Grande do Sul/Brasil. Saúde Em Debate. 2024;48.
32. Baker E, Masso S, Huynh K, Sugden E. Optimizing outcomes for children with phonological impairment: A systematic search and review of outcome and experience measures reported in intervention research. LSHSS. 2022;53(3):732-48.
Submetido em:
26/08/2024
Aceito em:
28/04/2025