Revista CEFAC
https://revistacefac.org.br/article/doi/10.1590/1982-0216/20252716724
Revista CEFAC
Artigos Originais

Morphosyntactic development in autistic children by implementing the Development of Communication Skills in Autism (DHACA) method

Desenvolvimento da morfossintaxe em crianças autistas com a implementação do método de Desenvolvimento das Habilidades de Comunicação no Autismo (DHACA)  

Matheus Phellipe Santos Felix da Silva; Gabriela Nascimento Oliveira Moreira; Aline Samara Silva de Freitas; Ana Cristina de Albuquerque Montenegro

Downloads: 1
Views: 23

Abstract

Purpose: to investigate whether the Development of Communication Skills in Autism (DHACA) method promotes morphosyntactic development in nonverbal and minimally verbal autistic children.

Methods: a case series study with a sample of 12 nonverbal or minimally verbal children with autism spectrum disorder (ASD), aged 2 to 5 years. The intervention consisted of 16 to 20 sessions, using alternative communication through the DHACA method, by employing a low-tech alternative communication book. Data were collected from each child’s weekly progress records.

Results: after the intervention, two children (16.67%) developed the ability to produce three-word sentences, eight children (66.67%) began producing 3-to-4-word sentences, and two children (16.67%) produced sentences with varied parts of speech. Considering the communicative skills achieved after the intervention, these children attained morphosyntactic structures with 3 to 7 words and diverse pragmatic functions.

Conclusion: the intervention using the DHACA method contributed to morphosyntactic development, evidenced by an increase in sentence length and complexity, development of pragmatic functions, and expansion of vocabulary, ultimately promoting more functional communication.

Keywords

Autistic Disorder; Communication; Speech, Language and Hearing Sciences; Communication Aids for Disabled; Child Language

Resumo

Objetivo: investigar se o método de Desenvolvimento das Habilidades de Comunicação no Autismo (DHACA) promove o desenvolvimento da morfossintaxe em crianças autistas não verbais e minimamente verbais.

Métodos: estudo do tipo série de casos, com amostra composta por 12 crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA), entre 2 e 5 anos de idade, não verbais ou minimamente verbais. Foram realizadas de 16 a 20 sessões de intervenção com uso da comunicação alternativa por meio do método de Desenvolvimento das Habilidades de Comunicação no Autismo (DHACA), sendo utilizado um livro de comunicação alternativa de baixa tecnologia. Os dados foram coletados a partir do prontuário de evolução semanal de cada criança.

Resultados: após a intervenção, duas (16,67%) crianças desenvolveram a produção de frases com três palavras, oito (66,67%) com produções de frases com 3 a 4 palavras e outras duas (16,67%) com produções de frases com classes gramaticais variadas, tendo em vista as habilidades comunicativas alcançadas após intervenção, atingindo estruturas morfossintáticas compostas por 3 a 7 palavras, com funções pragmáticas diversas.

Conclusão:  a intervenção com a implementação do método DHACA contribuiu para o desenvolvimento morfossintático, evidenciado pelo aumento da extensão e complexidade das frases, além de desenvolvimento de funções pragmáticas e ampliação do vocabulário, promovendo maior funcionalidade comunicativa.

Palavras-chave

Transtorno Autístico; Comunicação; Fonoaudiologia; Auxiliares de Comunicação para Pessoas com Deficiência; Linguagem Infantil

Referências

1. Williams EMO, Denucci MAM, Souza CHM, Moreiras LB. Desenvolvimento da linguagem sobre os aspectos fonológicos, semânticos, morfossintáticos e pragmáticos de 2 a 3 anos. Revista Philologus. 2022;28:82.

2. Couto ACM. A importância da morfossintaxe no desenvolvimento da oralidade na educação pré-escolar [Dissertation]. Viana do Castelo (Portugal): Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Viana do Castelo, 2018. Available at: http://repositorio.ipvc.pt/handle/20.500.11960/2089

3. Eigsti IM, Bennetto L, Dadlani MB. Beyond pragmatics: Morphosyntactic development in autism. J Autism and Dev Disord. 2007;37(6):1007-23. https://doi.org/10.1007/s10803-006-0239-2 PMID: 17089196.

4. Boucher J. Research review: Structural language in autistic spectrum disorder - Characteristics and causes. J Child Psychol Psychiatry. 2012;53(3):219-33. https://doi.org/10.1111/j.1469-7610.2011.02508 PMID: 22188468.

5. Andberg EHS, Becky LS. Breve guia para tratamento do autismo. M. Books do Brasil Editora Ltda. São Paulo; 2017.

6. Da Silva VVF, Da Silva Rossato FGF. Uso de tecnologia assistiva para comunicação aumentativa ou alternativa para portadores de TEA em uma instituição do terceiro setor. Revista Foco, [S. l.]. 2023;6:e2421. https:/doi.org/10.54751/revistafoco.v16n6-167

7. Montenegro ACA, Xavier IALN, Lima RASC. Autismo comunica: comunicação alternativa promovendo acessibilidade comunicacional. In: Araújo AN, Lucena JA, Studart-Pereira L, editors. Relatos de experiências em Fonoaudiologia. Editora UFPE, Recife. 2021. p. 17-31.

8. Montenegro AC de A, Leite GA, Franco N de M, Santos D dos, Pereira JEA, Xavier IALN. Contributions of alternative communication in the development of communication in children with autism spectrum disorder. Audiol., Commun. Res. 2021;26:e2442. https://doi.org/10.1590/2317-6431-2020-2442

9. Montenegro AC de A, Silva LKS de M, Bonotto RC de S, Lima RASC, Xavier IA de LN. Use of a robust alternative communication system in autism spectrum disorder: A case report. Rev. CEFAC. 2022;24(2):e11421. https://doi.org/10.1590/1982-0216/202224211421

10. Montenegro ACA, Silva AG de S, Queiroga B, Lima RA, Xavier IALN. Method for Developing Communication Skills in Autism - DHACA: Appearance and content validation. CoDAS. 2024;36(3):e20230138. https://doi.org/10.1590/2317-1782/20232023138pt PMID: 38126457.

11. Tomasello M. Constructing a language: A usage-based theory of language acquisition. Cambridge, MA: Havard University Press, 2003.

12. Xu Q, Chodorow M, Valian V. How infants' utterances grow: A probabilistic account of early language development. Cognition. 2023;230:1-7. https://doi.org/10.1016/j.cognition.2022.105275

13. Brynskov C, Eigsti IM, Jorgensen M, Lemcke S, Bohn OS, Krojgaard P. Syntax and morphology in Danish-Speaking children with Autism Spectrum Disorder. J Autism Dev Disord. 2017;47(2):373-83. https://doi.org/10.1007/s10803-016-2962-7

14. Nair VKK, Grace TC, Siyambalapitiya S, Reuterskiold C. Language intervention in bilingual children with developmental language disorder: A systematic review. Int J Lang Commun Disord. 2022;58(2):576-600. https://doi.org/10.1111/1460-6984.12803 PMID: 36428270.

15. Chaves IMCM, Soares J da CC, Amorim BJL. Fonoaudiologia infantil: superando desafios de linguagem e fala. Revista Foco, [S. l.]. 2023;16(11):e3710. https://doi.org/10.54751/revistafoco.v16n11-183

16. Maenner MJ, Warren Z, Williams AR, Amoakohene E, Amanda V, Bakian AV et al. Prevalence and characteristics of Autism Spectrum Disorder among children aged 8 years - Autism and Developmental Disabilities Monitoring Network, 11 Sites, United States, 2020. MMWR Surveillance Summaries. 2023;72(2):1-14. https://doi.org/10.15585/mmwr.ss7202a1 PMID: 36952288.

17. Castro CB, Lin J, Sakae TM, Magajewski FRL. Aspectos sociodemográficos, clínicos e familiares de pacientes com o transtorno do espectro autista no sul de Santa Catarina. Revista Brasileira de Neurologia. 2016;52(3):20-8. https://doi.org/10.46979/rbn.v52i3.5185

18. Marques JPC, Freitas CASL, Melo SM, Mazza VDA, Silva MAM, Rosa BSC. Perfil sociodemográfico de famílias de crianças com transtorno do espectro autista. SANARE Sobral. 2021;20(2):41-6. https://doi.org/10.36925/sanare.v20i2.1436

19. Lemos EL De MD, Nunes L DE L, Salomão NMR. Transtorno do Espectro Autista e interações escolares: sala de aula e pátio. Rev. Bras. Ed. Esp. 2020;26(1):69-84. https://doi.org/10.1590/s1413-65382620000100005

20. Perovic A, Modyanova N, Wexler K. Comprehension of reflexive and personal pronouns in children with autism: A syntactic or pragmatic deficit? Applied Psycholinguistics. 2012;34:813-35. http://dx.doi.org/10.1017/S0142716412000033

21. Befi-Lopes DM, Oliveira JVR, Soares AJC. Profile of communicative acts of children with developmental language disorder. Audiol., Commun. Res. 2024;(29):e2824. https://doi.org/10.1590/2317-6431-2023-2824en

22. Soto G, Clarke MT. Effects of a conversation-based intervention on the linguistic skills of children with motor speech disorders who use Augmentative and Alternative Communication. J Speech Lang Hear Res. 2017;60(7):1980-98. https://doi.org/10.1044/2016_JSLHR-L-15-0246 PMID: 28672283.

23. Soto G, Clarke MT, Nelson K, Starowicz R, Harussi GS. Recast type, repair, and acquisition in AAC mediated interaction. J Child Lang. 2020;47(1):250-64. https://doi.org/10.1017/S0305000919000436 PMID: 31524119.

24. Állan S, Souza CBA de. O modelo de Tomasello sobre a evolução cognitivo-linguística humana. Psicologia: Teoria e Pesquisa. 2009;25(2):161-8. https://doi.org/10.1590/S0102-37722009000200003

25. American Psychiatric Association. Referência rápida aos critérios diagnósticos do DSM-5-TR. Porto Alegre: Artmed; 2023.

26. Carvalho AJA, Lemos SMA, Goulart LMH de F. Language development and its relation to social behavior and family and school environments: A systematic review. CoDAS. 2016;28(4):470-9. https://doi.org/10.1590/2317-1782/20162015193 PMID: 27652929.

27. Correa B, Simas F, Portes JRM. Metas de socialização e estratégias de ação de mães de crianças com suspeita de Transtorno do Espectro Autista. Revista Brasileira de Educação Especial. 2018;24(2)293-308. https://doi.org/10.1590/S1413-65382418000200010

28. Trembath D, Vivanti G, Iacono T, Dissanayake C. Accurate or assumed: Visual learning in children with ASD. J Autism Dev Disord. 2015;45(10):3276-87. https://doi.org/10.1007/s10803-015-2488-4 PMID: 26070275.

29. Rose V, Paynter J, Vivanti G, Keen D, Trembath D. Predictors of expressive language change for children with Autism Spectrum Disorder receiving AAC-infused comprehensive intervention. J Autism Dev Disord. 2020;50(1):278-91. https://doi.org/10.1007/s10803-019-04251-2 PMID: 31621021.

30. Miilher LP, Fernandes FDM. Habilidades pragmáticas, vocabulares e gramaticais em crianças com transtornos do espectro autístico. Pró-Fono R. Atual. Científ. 2009;21(4):309-14. https://doi.org/101590/S0104- 56872009000400008

31. Varanda C De A, Fernandes FDM. Consciência sintática: correlações no espectro do autismo. Psicologia: Reflexão e Crítica. 2014;27(4):748-58. https://doi.org/10.1590/1678-7153.201427415

32. Ünal E, Papafragou A. Relations between language and cognition: Evidentiality and sources of knowledge. Top Cogn Sci. 2020;12(1):115-35. https://doi.org/10.1111/tops.12355 PMID: 29932304.
 


Submetido em:
28/06/2024

Aceito em:
05/11/2024

67dd7d48a95395282c375d05 cefac Articles

Revista CEFAC

Share this page
Page Sections