Revista CEFAC
https://revistacefac.org.br/article/doi/10.1590/1982-0216/20232529722
Revista CEFAC
Relatos de Casos

Clinical evolution of dysphagic patients after malignant infarction and decompressive craniectomy: a case series

Evolução clínica de pacientes disfágicos pós-AVCi maligno  e craniectomia descompressiva: série de casos

Caroline Matavelli Castelar Duarte; Naiany Nascimento da Silva Figueiredo; Romeu Vale Sant´Anna; Tatiana Simões Chaves; Aline Mansueto Mourão

Downloads: 0
Views: 15

Abstract

This study aimed to characterize clinical-neurological factors and the functional swallowing capacity of patients with malignant infarction submitted to decompressive craniectomy during the hospital stay. This retrospective, descriptive, observational study was conducted between January 2020 and December 2021. The following data regarding up to eight stages were extracted for descriptive analysis: age, location of the lesion, level of awareness according to the Glasgow Coma Scale, neurological impairment according to the National Institutes of Health Stroke Scale, and the functional swallowing capacity according to the Functional Oral Intake Scale. Data on five patients were collected, with a mean of 0.2 days for the first neurological assessment. Decompressive craniectomy was performed in a mean of 2 days after admission. The speech-language-hearing assessment occurred in a mean of 8.2 days, and the speech-language-hearing discharge took a mean of 35.4 days. The neurological impairment score remained the same as in the first neurological assessment after decompressive craniectomy, with a mean score of 16.6. The functional swallowing capacity was the same in the first assessment after decompressive craniectomy, on FOIS level 1, improving considerably by the discharge, with a mean level of 4.8. It is concluded that clinical-neurological factors can interfere with the functional swallowing capacity, although they did not hinder either speech-language-hearing treatment or their evolution to a full oral diet during the hospital stay.

Keywords

Decompressive Craniectomy; Deglutition; Deglutition Disorders; Ischemic Stroke; Speech, Language and Hearing Sciences; Neurology 

Resumo

O objetivo do presente trabalho é caracterizar fatores clínicos-neurológicos e capacidade funcional de deglutição de pacientes com Acidente Vascular Cerebral Isquêmico Maligno submetidos a craniectomia descompressiva durante internação hospitalar. Trata-se de um estudo observacional, descritivo e retrospectivo, realizado de janeiro de 2020 a dezembro de 2021. Os dados foram extraídos em até oito momentos, incluindo idade, local da lesão, nível de consciência de acordo com Glasgow, comprometimento neurológico pelo National Institutes of Health Stroke Scale e capacidade funcional de deglutição pela Escala Funcional de Ingestão por Via Oral. Realizou-se análise descritiva. Foram coletados dados de 5 pacientes sendo a média de tempo para primeira avaliação neurológica de 0,2 dias. A realização da craniectomia descompressiva levou em média 2 dias após admissão. Avaliação fonoaudiológica ocorreu, em média, 8,2 dias e alta fonoaudiológica levou, em média, 35,4 dias. O comprometimento neurológico manteve-se na pontuação da primeira avaliação neurológica pós-craniectomia descompressiva, média de 16,6. A capacidade funcional de deglutição foi a mesma na primeira avaliação pós-craniectomia descompressiva, com nível 1 na FOIS, melhorando consideravelmente, com média de nível 4,8, na alta. Concluiu-se que fatores clínicos-neurológicos podem interferir na capacidade funcional de deglutição, contudo não limitaram a atuação fonoaudiológica e evolução com dieta oral exclusiva na internação hospitalar.

Palavras-chave

Craniectomia Descompressiva; Deglutição; Transtornos de Deglutição; AVC Isquêmico; Fonoaudiologia; Neurologia

Referências

1. Carter BS, Ogilvy CS, Candia GJ, Rosas HD, Buonanno F. One year outcome after decompressive surgery for massive non dominant hemispheric infarction. Neurosurgery.1997;40(6):1168-76. https://doi.org/10.1097/00006123-199706000-00010. PMID: 9179889.

2. Mattos JP, Joaquim AF, Almeida JPC, Albuquerque LAF, Silva EG, Marenco HM et al. Decompressive craniectomy in massive cerebral infarction. ABNEURO. 2010;68(3):339-45. https://doi.org/10.1590/s0004-282x2010000300002. PMID: 20602032.

3. Rocha Júnior MA, Fernandes CMA, Naves EA, Costa GAR. Craniotomia descompressiva: análise crítica baseada em relatos de caso. Arq. Bras. Neurocir. 2013;32(4):250-4. https://doi.org/10.1055/s-0038-1626024.

4. Fernandes ST, Godoy R, Montanaro AC, Oliveira PGD. Infarto maligno cerebral e craniectomia descompressiva. Arq. Bras. Neurocir. 2008;27(2):54-60. https://doi.org/10.1055/s-0038-1625531.

5. Guimarães CSVM, Ribeiro MILS, Correia MJMP. Craniectomia de descompressão no AVC: uma série de casos [dissertação]. Porto (PT): Universidade do Porto, Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar, Curso de Medicina; 2019.

6. Mourão AM, Lemos SMA, Almeida EO, Vicente LCC, Teixeira AL. Frequency and factors associated with dysphagia in stroke. CoDAS. 2016;28(01):66-70. https://doi.org/10.1590/2317-1782/20162015072. PMID: 27074192.

7. Silvério CC, Hernandez AM, Gonçalves MIR. Ingesta oral do paciente hospitalizado com disfagia orofaríngea neurogênica. Rev. CEFAC. 2010;12(6):964-70. https://doi.org/10.1590/S1516-18462010005000090.

8. Itaquy RB, Favero SR, Ribeiro MC, Barea LM, Almeida ST, Mancopes R. Disfagia e acidente vascular cerebral: relação entre o grau de severidade e o nível de comprometimento neurológico. J. Soc. Bras. Fonoaudiol. 2011;23(4):385-9. https://doi.org/10.1590/S2179-64912011000400016.

9. Inaoka C, Albuquerque C. Effectiveness of speech therapy in evolution of oral ingestion in patients with post stroke oropharyngeal dysphagia. Rev. CEFAC. 2014;16(1):187-96. https://doi.org/10.1590/1982-0216201413112.

10. Benfield JK, Everton LF, Bath PM, England TJ. Accuracy and clinical utility of comprehensive dysphagia screening assessments in acute stroke: a systematic review and meta-analysis. J Clin Nurs. 2020;29(9-10):1527-38. https://doi.org/10.1111/jocn.15192. PMID: 31970825.

11. Schettino MSTB, Silva DCC, Pereira-Carvalho NAV, Vicente LCC, Friche AAL. Dehydration, stroke and dysphagia: systematic review. Audiol., Commun. Res. 2019;24(15):e2236. https://doi.org/10.1590/2317-6431-2019-2236.

12. Maas YC, Matamoros CS, Pérez Nellar JP, Silva HR, García DH. Disfagia persistente después de un infarto cerebral. Rev cubana med. 2006;45(3):40-5.

13. Bath PM, Lee HS, Everton LF. Swallowing therapy for dysphagia in acute and subacute stroke. Cochrane Database Syst Rev. 2018;10(10):CD000323. https://doi.org/10.1002/14651858.CD000323.pub3. PMID: 30376602.

14. Ardenghi LG, Signorini AV, Battezini AC, Dornelles S, Rieder CRM. Functional magnetic resonance imaging and swallowing: systematic review. Audiol., Commun. Res. 2015;20(2):167-74. https://doi.org/10.1590/S2317-64312015000200001471.

15. de Sousa LM, dos Santos MVF. Aplicação da escala de coma de Glasgow: uma análise bibliométrica acerca das publicações no âmbito da Enfermagem. RSD. 2021;10(14):e48101421643. https://doi.org/10.33448/rsd-v10i14.21643.

16. Cincura C, Pontes-Neto OM, Neville IS, Mendes HF, Menezes DF, Mariano DC et al. Validation of the National Institute of Health Stroke Scale, Modified Rankin Scale and Barthel Index in Brazil: the role of cultural adaptation and structured interviewing. Cerebrovasc Dis. 2009;27(2):119-22. https://doi.org/10.1159/000177918.

17. Crary MA, Mann GD, Groher ME. Initial psychometric assessment of a functional oral intake scale for dysphagia in stroke patients. Arch Phys Med Rehab. 2005;86(8):1516-20. https://doi.org/10.1016/j.apmr.2004.11.049. PMID: 16084801.

18. Cardoso CO, Kristensen CH, Carvalho JCN, Gindri G, Fonseca RP. Tomada de decisão no IGT: estudo de caso pós-AVC de hemisfério direito versus esquerdo. Psico-USF. 2012;17(1):11-20. https://doi.org/10.1590/S1413-82712012000100003.

19. Martin-Harris B, Brodsky MB, Michel Y, Castell DO, Schleicher M, Sandidge J et al. Measurement tool for swallow impairment-MBSImP: establishing a standard. Dysphagia. 2008;23(4):392-405. https://doi.org/10.1007/s00455-008-9185-9. PMID: 18855050.

20. Barros AFF, Fábio SRC, Furkim AM. Correlação entre os achados clínicos da deglutição e os achados da tomografia computadorizada de crânio em pacientes com acidente vascular cerebral isquêmico na fase aguda da doença. Arq. Neuro-Psiquiatr. 2006;64(4):1009-14. https://doi.org/10.1590/s0004-282x2006000600024.

21. Amorim RLO, Paiva WS, Figueiredo EG, Santo MPE, Andrade AF, Teixeira MJ. Tratamento cirúrgico no acidente vascular cerebral hemorrágico: afinal, o que há de evidências? Arq. Bras. Neurocir. 2010;29(3):103-9. https://doi.org/10.1055/s-0038-1625610.

22. Campos WK, Guasti JAD. Infarto cerebral hemisférico: algoritmo de tratamento baseado em evidência. Arq. Bras. Neurocir. 2011;30(02):76-83. https://doi.org/10.1055/s-0038-1626497.

23. Munch E, Horn P, Schurer L, Piepgras A, Paul T, Schmiedek P. Management of traumatic brain injury by decompressive craniectomy. Neurosurgery. 2000;47(2):315-22. https://doi.org/10.1097/00006123-200008000-00009. PMID: 10942004.

24. HPS: Hospital Pelópidas Silveira [homepage on the internet]. Pauta de condutas [accessed 2012]. Available at: http://www1.hps.imip.org.br/cms/opencms/hps/pt/pdf/DEP/HPS_Pauta_de_Condutas_Vol1_2012.pdf.

25. Amorim RLO, Paiva WS, Figueiredo EG, Santo MPE, Andrade AF, Teixeira MJ. Tratamento cirúrgico no acidente vascular cerebral hemorrágico: afinal, o que há de evidências? Arq. Bras. Neurocir. 2010;29(3):103-9. https://doi.org/10.1055/s-0038-1625610.

26. Ortiz KZ, Marinelli MR. Investigation on the complaint of dysphagia in aphasic patients Rev. CEFAC. 2013;15(6):1503-11. https://doi.org/10.1590/S1516-18462013005000043.

27. Mourão AM, Almeida EO, Lemos SMA, Vicente LCC, Teixeira AL. Evolution of swallowing in post-acute stroke: a descriptive study. Rev. CEFAC. 2016;18(2):417-25. https://doi.org/10.1590/1982-0216201618212315.

28. Jaramillo JH, Duque LMR, Patiño MCG, Gutiérrez MFS. Factores pronóstico de la disfagia luego de an ataque cerebrovascular: una revisión y búsqueda sistemática. Rev. Cienc. Salud. 2017;15(1):7-21.
 


Submetido em:
18/11/2022

Aceito em:
31/01/2023

65c3dfc9a95395277900cef2 cefac Articles
Links & Downloads

Revista CEFAC

Share this page
Page Sections