Revista CEFAC
https://revistacefac.org.br/article/doi/10.1590/1982-0216/20222444122
Revista CEFAC
Artigos Originais

Introduction of complementary feeding in premature children

Introdução da alimentação complementar em crianças prematuras

Fernanda Afonso Dourado; Manuela Rebouças da Silva Barreto; Kíssia Souza da Paixão; Larissa Vieira Pinto Menezes; Carla Steinberg

Downloads: 0
Views: 87

Abstract

Purpose: to describe the characteristics of complementary feeding introduced to preterm children.

Methods: an exploratory, descriptive, cross-sectional, quantitative research. Data collection took place in February 2020 and between May and July 2021 in an outpatient follow-up clinic for high-risk newborns. To participate in the research, children had to have food introduced at least 30 days before and be 24 months corrected gestational age, at the most. The research instrument, developed by the researchers, was applied to the children’s parents/guardians on the day of routine visits. The information they did not know was verified in the patient's institutional medical record.

Results: the sample comprised 29 mothers/babies, 55.2% (16) of whom were males, with a mean gestational age of 13 months. Most mothers introduced complementary feeding at 6 months corrected gestational age; 25% of them introduced it late and 17.9%, early. Almost 100% of the babies received fruits and/or vegetables as their first foods.

Conclusion: more than half of the preterm children’s mothers started complementary feeding at the recommended time with adequate consistencies and utensils.

Keywords

Infant Nutrition, Infant, Premature, Child Nutrition

Resumo

Objetivo: descrever as características da introdução da alimentação complementar em crianças nascidas pré-termo.

Métodos: trata-se de uma pesquisa de caráter exploratório, descritiva, transversal, quantitativa. A coleta ocorreu em fevereiro de 2020 e entre os meses de maio e julho de 2021 em um ambulatório de seguimento de recém-nascidos de alto risco. Para participar da pesquisa as crianças tinham que ter iniciado a introdução alimentar há pelo menos 30 dias e ter no máximo 24 meses de idade gestacional corrigida. O instrumento de pesquisa, desenvolvido pelas pesquisadoras, foi aplicado com o responsável pela criança no dia das consultas de rotina, o que o acompanhante não soube responder foi averiguado no prontuário institucional do paciente.

Resultados: a amostra foi composta por 29 díades, sendo 55,2% (16) do sexo masculino, e média de idade corrigida de 13 meses. A maioria das mães introduziu a alimentação complementar aos seis meses de idade corrigida. 25% delas introduziram tardiamente e 17,9% precocemente. Quase 100% dos bebês receberam frutas e/ou verduras como primeiros alimentos.

Conclusão: mais da metade das mães iniciaram a alimentação complementar no tempo recomendado com consistência e utensilio adequados.

Palavras-chave

Nutrição do Lactente; Recém-Nascido; Prematuro; Nutrição da Criança

Referências

1. BRASIL. Ministério da Saúde. Cadernos de Atenção Básica. Saúde da criança: aleitamento materno e alimentação complementar. 2 ed. Brasília, DF, 2015.

2. Sociedade Brasileira de Pediatria [homepage on the internet]. Departamento Científico de Nutrologia. Manual de Alimentação: orientações para alimentação do lactente ao adolescente, na escola, na gestante, na prevenção de doenças e segurança alimentar. 4ª ed. São Paulo: SBP; 2018. [accessed 2021 Aug 19]. Available at: https://edisciplinas.usp.br/mod/resource/view.php?id=3160985&forceview=1.

3. BRASIL. Ministério da Saúde Cadernos de Atenção Básica. Guia alimentar para crianças brasileiras menores de 2 anos. Brasília, DF, 2019.

4. Sociedade Brasileira de Pediatria [homepage on the internet]. Departamento Científico de Neonatologia. Monitoramento do crescimento de RN pré-termos. 2017 [accessed 2019 May 25]. Available at: https://www.sbp.com.br/fileadmin/user_upload/2017/03/NeonatologiaMonitoramento-do-cresc-do-RN-pt-270117.pdf.

5. Vasconcelos TC, Barbosa DJ, Gomes MP. Fatores que interferem no aleitamento materno exclusivo durante os primeiros seis meses de vida do bebê. Rev. Pró-UniverSUS. 2020;11(1):80- 7.

6. Moraes AS, Aguiar RS. Dificuldades com a amamentação de recém-nascidos prematuros após a alta hospitalar: uma revisão integrativa. Rev. JRG de estudos acadêmicos. 2021;4(8):252-63.

7. Sociedade Brasileira de Pediatria [homepage on the internet]. Departamento de Científico de Neonatologia. Seguimento ambulatorial do prematuro de risco. 1ª edição. 2012. [accessed 2019 Nov 3]. Available at: https://www.sbp.com.br/fileadmin/user_upload/pdfs/seguimento_prematuro_ok.pdf.

8. Pagliaro CL, Buhler KEB, Ibidi SM, Limongi SCO. Dietary transition difficulties in preterm infants: critical literature review. Jornal de Pediatria. 2016;92(1):7-14.

9. Baldassare ME, Di Mauro A, Pedico A, Rizzo V, Capozza M, Meneghin F. Tempo de desmame em bebês prematuros: uma auditoria de pediatras da atenção primária italiana. Nutrients. 2018;10(5):616.

10. Liotto N, Cresi F, Beghetti I, Roggero P, Menis C, Corvaglia L et al. Alimentação complementar em bebês prematuros: uma revisão sistemática. Nutrients. 2020;12(6):1843.

11. Gupta S, Agarwal R, Aggarwal KC, Chellani H, Duggal A, Arya S. Alimentação complementar aos 4 versus 6 meses de idade para bebês prematuros nascidos com menos de 34 semanas de gestação: um estudo randomizado, aberto e multicêntrico. Lancet Glob. Health. 2017;5(5):e501.

12. Foote KD, Marriott L. Weaning of infants. Arch Dis Child. 2003;88:488-92.

13. Castro AG, Lima MC, Aquino RR, Eeickmann SH. Desenvolvimento do sistema sensório motor oral e motor global em lactentes pré-termo. Pró-Fono Rev. Atual. Cientif. 2007;19(1):29-38.

14. Perilo TVC. Tratado do especialista em cuidado materno-infantil com enfoque em amamentação. Belo Horizonte. Mame bem. Editora METHA. 2019.

15. Jesus LMR, Basso CSD, Castuglioni L, Monserrat AL, Arroyo MAS. Speech-language-hearing follow-up of preterm children: feeding and neuropsychomotor performance. Rev. CEFAC. 2020;22(4):e15119.

16. Cleary J, Dalton SMC, Harman A, Wright I. Prática atual na introdução de alimentos sólidos para bebês prematuros. Public Health Nutr. 2019;23(1):94-101.

17. Brusco TR, Delgado SE. Characterization of the feeding development of preterm infants between three and twelve months. Rev. CEFAC. 2014;16(3):917-28.

18. Lima KMS, Santos JMJ, Oliveira NTB, Machado GCC, Leite AML. Possíveis motivações para o desmame precoce entre mães adolescentes. 2º Congresso Internacional de Enfermagem. 12º de setembro de 2019;1(1). Available at: https://eventos.set.edu.br/cie/article/view/11367 .

19. Scochi CGS, Ferreira FY, Góes FSN, Fujinaga CI, Ferecini GM, Leite AM. Alimentação láctea e prevalência do aleitamento materno em prematuros durante internação em um hospital amigo da criança de Ribeirão Preto-SP, Brasil. Ciência, Cuidado e Saúde. 2008;7(2):145-54.

20. Czechowski AE, Fujinaga CI. Seguimento ambulatorial de um grupo de prematuros e a prevalência do aleitamento na alta hospitalar e ao sexto mês de vida: contribuições da fonoaudiologia. Rev. Soc Bras de Fonoaudiol. 2010;15(4):527-7.

21. Alvarenga SC, Castro DS, Leite FMC, Brandão MAG, Zandonade E, Primo CC. Fatores que influenciam o desmame precoce. Rev. Aquichan. 2017;17(1):93-103.

22. Brandt GP, Britto AMA, Leite CCP, Marin LG. Fatores associados ao aleitamento materno exclusivo em maternidade hospitalar de referência no parto humanizado. Rev Bras Ginecol Obstet. 2021;43(2):91-6.

23. Menezes LVP, Steinberg C, Nóbrega AC. Complementary feeding in infants born prematurely. CoDAS. 2018;30(6):e20170157.

24. Steinberg C, Menezes LVP, Nóbrega AC. Oral motor disorder and feeding difficulty during the introduction of complementary feeding in preterm infants. CoDAS. 2021;33(1):e20190070.

25. Gianni ML, Bezze E, Colombo L, Rossetti C, Pesenti N, Roggero P et al. Práticas de alimentação complementar em uma coorte de bebês prematuros atrasados na Itália. Nutrients. 2018;10(12):1861.

26. Marques RFSV, Sarni ROS, Santos FPC, Brito DMP. Práticas inadequadas da alimentação complementar em lactentes, residentes em Belém-PA. 2013. [accessed 2021 Nov 29]. Available at: http://files.bvs.br/upload/S/0101-5907/2013/v27n2/a3675.pdf.
 


Submetido em:
06/07/2022

Aceito em:
04/10/2022

6642a034a95395520926dec7 cefac Articles

Revista CEFAC

Share this page
Page Sections