Prevalence of ankyloglossia and factors that impact on exclusive breastfeeding in neonates
Prevalência de anquiloglossia e fatores que impactam na amamentação exclusiva em neonatos
Sílvia Vilarinho; Neusa Barros Dantas-Neta; Danilo Antônio Duarte; José Carlos Pettorossi Imparato
Abstract
Keywords
Resumo
Objetivo: determinar a prevalência de anquiloglossia em recém-nascidos e verificar os fatores que interferem na amamentação exclusiva e geram dificuldades na amamentação.
Métodos: trata-se de um estudo observacional longitudinal, realizado em maternidade pública do município de Teresina, PI, Brasil. A amostra foi composta por 397 pares (mães e bebês). Para o diagnóstico de anquiloglossia foi realizada a parte I do Protocolo de Avaliação do Frênulo da Língua com Escores para Bebês. Após seis meses do nascimento, as mães foram entrevistadas e responderam questões sobre indicação e realização de frenotomia e tempo de aleitamento materno. Foram realizados análise descritiva dos dados, teste Qui-quadrado e Regressão de Poisson bivariada e multivariada (p<0,05).
Resultados: a prevalência de anquiloglossia foi de 4,3% (n=17). A taxa de retorno para segundo momento da pesquisa foi de 70,8% (n=281). Das crianças examinadas, 14 foram indicadas para frenotomia lingual, mas apenas uma foi submetida ao procedimento. Crianças com anquiloglossia tiveram tempo de amamentação exclusiva igual ao de crianças com frênulo da língua normal (valor de p=0,876). Anquiloglossia não apresentou associação com dificuldade de amamentação (RP=1,0 IC95%0,8-1,1, valor de p=0,441) ou constituiu fator para não amamentação exclusiva por 6 meses (RP=1,1 IC95%0,9- 1,2, valor de p=0,390).
Conclusões: a prevalência da anquiloglossia na população estudada foi de 4,3% e o uso de mamadeira no primeiro mês de vida e dificuldades de amamentação foram considerados como fatores impeditivos para amamentação exclusiva.
Palavras-chave
Referencias
1. Brito SF, Marchesan IQ, Bosco CM, Carrilho ACA, Rehder MI. Frênulo lingual: classificação e conduta segundo ótica fonoaudiológica, odontológica e otorrinolaringológica. Rev. CEFAC [journal on the internet] 2008 [Accessed 2021 Oct 26]; 10(3):343-51. Available at:
2. Gomes E, Araújo FB, Rodrigues VER. Freio lingual: abordagem clínica denteisciplinar da Fonoaudiologia e Odontopediatria. Rev Assoc Paul cir dente. 2015;69(1):20-4.
3. Fraga MRBA, Barreto KA, Lira TCB, Celerino Tavares ITS, Menezes VA. Ankyloglossia and breastfeeding: what is the evidence of association between them? Rev. CEFAC. 2020;22(3):1-14.
4. Procopio IMS, Costa VPP, Lia EM. Frenotomia lingual em lactentes. RFO UPF. 2017;22(1):114-9.
5. Pompeia LE, IIinsky RS, Ortolani CLF, Faltin Júnior K. A influência da anquiloglossia no crescimento e desenvolvimento do sistema estomatognático. Rev. Paul. Pediatr. 2017;35(2):216-21.
6. Martinelli RLC, Marchesan IQ, Berretin-Felix G. Protocol for infants: relationship between anatomic and functional aspects. Rev. CEFAC. 2013;15(3):599-610.
7. American Academy of Pediatric Dentistry. Policy on management of the frenulum in pediatric dental patients. The Reference Manual of Pediatric Dentistry. Chicago, III: American Academy of Pediatric Dentistry: 2020: 74-8.
8. O'Shea JE, Foster JP, O'Donnell CP, Breathnach D, Jacobs SE, Todd DA et al. Frenotomy for tongue-tie in newborn infants. Cochrane database syst. rev. 2017;3:CD011065.doi:10.1002/14651858.CD011065.pub2.
9. BRASIL. Lei nº 13.002, de 20 de junho de 2014. Obriga a realização do Protocolo de Avaliação do Frênulo da Língua em Bebês. Diário Oficial da União: P. 4 EDIÇÃO EXTRA, Brasília, DF, 23 jun. 2014.
10. Messner AH, Walsh J, Rosenfeld RM, Schwartz SR, Ishman SL, Baldassari C et al. Clinical Consensus Statement: Ankyloglossia in Children. Otolaryngology Head and Neck Surgery. 2020;162(5):597-611.
11. World Health Organization. Oral Health Surveys - Basic Methods. 5th ed. Geneva: World Health Organization, 2013.
12. Cartilha do Teste da Linguinha: para mamar, falar e viver melhor. São José dos Campos, SP: Pulso Editorial, 2014. Available at: https://www.sbfa.org.br/fono2014/pdf/testelinguinha2014_livro.pdf
13. Karall D, Ndayisaba JP, Heichlinger A, Kiechl-Kohlendorfer U, Stojakovic S, Leitner H et al. Breast-feeding duration: early weaning-do we sufficiently consider the risk factors? J Pediatr Gastroenterol Nutr. 2015;61(5):577-82.
14. Alves JS, Oliveira MIC, Rito RVVF. Orientações sobre amamentação na atenção básica de saúde e associação com o aleitamento materno exclusivo. Ciênc. saúde colet. 2018;23(4):1077-88.
15. Diercks GR, Hersh CJ, Baars R, Sally S, Caloway C, Hartnick CJ. Factors associated with frenotomy after a multidisciplinary assessment of infants with breastfeeding difficulties. Int J Pediatr Otorhinolaryngol. 2020;138:110212.
16. Salustiano LPQ, Diniz ALD, Abdallah VOS, Pinto RMC. Fatores associados à duração do aleitamento materno em crianças menores de seis meses. Rev Bras Ginecol Obstet. 2012;34(1):28-33.
17. Moraes BA, Strada JKR, Gasparin VA, Espírito-Santo LCD, Gouveia HG, Gonçalves AC. Breastfeeding in the first six months of life for babies seen by Lactation Consulting. Rev. Latino-Am.Enfermagem. [journal on the internet] 2021 [accessed 2021 Mai 26]; 29:e3412. Available at:
18. Venancio SI, Toma TS, Buccini GS, Sanches MTC, Araújo CL, Figueiró MF. Anquiloglossia e aleitamento materno: evidências sobre a magnitude do problema, protocolos de avaliacão, segurança e eficácia de frenotomia: parecer técnico científico. São Paulo: Instituto de Saúde; 2015.
19. Fujinaga CI, Chaves JC, Karkow IK, Klossowski DG, Silva FR, Rodrigues AH. Lingual frenum and breast feeding: descriptive study. Audiol Commun Res. [journal on the internet] 2017 [accessed 2021 Mai 31];22(e1762). Available at:
20. Berry J, Griffiths M, Westcott C. A double-blind, randomized, controlled trial of tongue-tie division and its immediate effect on breastfeeding. Breastfeed Med. 2012;7(3):189-93.
21. Buryk M, Bloom D, Shope T. Efficacy of neonatal release of ankyloglossia: a randomized trial. Pediatrics. 2011;128(2):280-8.
22. Suter VG, Bornstein MM. Ankyloglossia: facts and myths in diagnosis and treatment. J Periodontol. 2009;80(8):1204-19.
23. Brandão CA, Marsillac MWS, Barja-Fidalgo F, Oliveira BH. Is the Neonatal Tongue Screening Test a valid and reliable tool for detecting ankyloglossia in newborns? Int J Paediatr Dent. 2018;28(4):380-9.
24. Souza-Oliveira AC, Cruz PV, Bendo CB, Bouzada MCF, Batista WC, Martins CC. Does ankyloglossia interfere with breastfeeding in newborns? - a cross-sectional study. J Clin Transl Res. 2021;7(2):263-9.
25. Silva PI, Vilela JER, RanK RCI, Rank MS. Lingual frenectomy in babies: case report. Revista Baiana de Odontologia. 2016;7(3):220-7.
26. Ferrés-Amat E, Pastor-Vera T, Rodriguez-Alessi P, Ferrés-Amat E, Mareque-Bueno J, Ferrés-Padró E. The prevalence of ankyloglossia in 302 newborns with breastfeeding problems and sucking difficulties in Barcelona: a descriptive study. Eur J Paediatr Dent. 2017;18(4):319-25.
27. Brasil. Ministério da Saúde (MS). II Pesquisa de Prevalência de Aleitamento Materno nas Capitais Brasileiras e Distrito Federal. Brasília: Editora do Ministério da Saúde; 2009.
28. Horta BL, Loret de Mola C, Victora CG. Breastfeeding and intelligence: a systematic review and meta-analysis. Acta Paediatr. 2015;104(467):14-9.
29. Pereira RSV, Oliveira MIC, Andrade CLT, Brito AS. Fatores associados ao aleitamento materno exclusivo: o papel do cuidado na atenção básica. Cad. Saúde Pública. 2010;26(12):2343-54.
30. Buccini GDS, Pérez-Escamilla R, Paulino LM, Araújo CL, Venancio SI. Uso de chupeta e interrupção da amamentação exclusiva: revisão sistemática e meta-análise. Matern Child Nutr. 2017;13(3):e12384.
31. Brown CR, Dodds L, Legge A, Bryanton J, Semenic S. Factors influencing the reasons why mothers stop breastfeeding. Can J Public Health. 2014;105(3):179-85.
32. Alvarenga KF, Gadret JM, Araújo ES, Bevilacqua MC. Triagem auditiva neonatal: motivos da evasão das famílias no processo de detecção precoce. Rev Soc Bras Fonoaudiol. 2012;17(3):241-7.
Submitted date:
03/08/2021
Accepted date:
24/01/2022